Comentário irrelevante sobre a questão do aborto

Sinceramente não tenho posições definidas sobre a temática do aborto, mas estive lendo o blog do Joselito Muller e fiquei intrigado com um texto que, em dado momento, fala "sobre a proposta de reforma do Código Penal, que quer punição mais rígida para quem pescar cetáceos em época de gestação, ao passo que torna o aborto de um ser humano um crime de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima seria de dois anos de detenção e jamais teria o condão de colocar ninguém na cadeia."

Presidente Dilma baixa Medida Provisória proibindo blogueiros de mentirem e serem irônicos

A presidente Dilma Rousseff assinou na manhã de hoje (16 de maio de 2013) uma Medida Provisória proibindo o uso de “mentiras, bem como qualquer tipo de astúcia que possa levar o leitor a confundir os sentidos denotativos e conotativos de postagens na internet”.

Segundo informou o site do Planalto, o que motivou a presidente a tomar tal medida, foi a má repercussão do texto do blogueiro Joselito Müller (http://joselitomuller.wordpress.com/2013/05/10/senado-aprova-pagamento-de-bolsa-mensal-de-r-2-00000-para-garotas-de-programa/) no qual afirmava que o Senado havia aprovado pagamento de bolsa mensal de R$ 2.000,00 para garotas de programa.
Na referida postagem, o blogueiro atribuiu a autoria do projeto à senadora Ana Rita, do PT do Espírito Santo, mas depois modificou o nome da suposta autora para “Maria Rita”, que não existe.

Para a presidente, “esse tipo de conteúdo é muito perigoso, pois grande parte da população não sabe diferenciar a ironia da verdade, e pode levar uma camada considerável de brasileiros a repercutirem inverdades”.
A Medida Provisória, que ainda não tem data para entrar em vigor, ressalva que somente os grandes meios de comunicação tem o direito de veicular mentiras nos jornais escritos, televisionados ou por meio de rádio-difusão.


Fonte:

Dicionário feito por crianças revela a adultos um mundo que já esqueceram

Um professor colombiano passou dez anos coletando definições de seus alunos e, como resultado, obteve um dicionário com verbetes ao mesmo tempo puros, lógicos e reais.

São definições cheia de poesia e sabedoria, apesar da pouca idade de seus autores. Ou talvez por isso mesmo. Vão desde A de adulto (“Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro de si“, segundo Andrés Felipe Bedoya, de 8 anos), até V de violência (“A parte ruim da paz“, na definição de Sara Martínez, de 7 anos).
O dicionário está no livro “Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças”, uma obra que surpreendeu ao se tornar o maior sucesso da Feira Internacional do Livro de Bogotá, no final do mês de abril. A surpresa aconteceu especialmente porque o livro foi publicado pela primeira vez na Colômbia em 1999 e reeditado no início desse ano.
“Isso me faz pensar que o livro continua revelando, continua falando sobre as pequenas coisas”, disse à BBC MundoJavier Naranjo, que compilou as definições feitas por crianças colombianas.
“Eles têm uma lógica diferente, outra maneira de entender o mundo, outra maneira de habitar a realidade e de nos revelar muitas coisas que esquecemos”, diz.

É assim que, no peculiar dicionário, a água é uma “transparência que se pode tomar”, um camponês “não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos” e a Colômbia é “uma partida de futebol”.
Além disso, uma das definições de Deus passa a ser “o amor com cabelo grande e poderes”, a escuridão “é como o frescor da noite” e a solidão é a “tristeza que a pessoa tem às vezes”.
‘Outra visão do mundo’
As definições – quase 500, para um total de 133 palavras diferentes – foram compiladas durante um período “entre oito e dez anos”, enquanto Naranjo trabalhava como professor em diversas escolas rurais do Estado de Antioquía, no leste do país.
“Na criação literária fazíamos jogos de palavras, inventávamos histórias. E a gênese do livro é um dos exercícios que fazíamos”, conta ele, que agora é diretor da biblioteca e centro comunitário rural Laboratório do Espírito.
Ele diz que teve a ideia de pedir aos alunos uma definição do que era uma criança, em uma comemoração do dia das crianças.
“Me lembro de uma definição que era: ‘uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir mais cedo’. Eu adorei, me pareceu perfeita.”
“As crianças escolheram algumas palavras e eu também: palavras que me interessavam, sobre as quais eu me perguntava. Mas não fugi de nenhum”, afirma Naranjo.
No dicionário aparecem temas do cotidiano da Colômbia, como guerra e “desplazado”, pessoa que se desloca pelo país, geralmente fugindo de conflitos. Um dos alunos definiu a palavra criança como “um prejudicado pela violência”.
Confira abaixo algumas definições

Adulto: Pessoa que em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma (Andrés Felipe Bedoya, 8 anos)
Ancião: É um homem que fica sentado o dia todo (Maryluz Arbeláez, 9 anos)
Água: Transparência que se pode tomar (Tatiana Ramírez, 7 anos)
Branco: O branco é uma cor que não pinta (Jonathan Ramírez, 11 anos)
Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro. Somente seus filhos (Luis Alberto Ortiz, 8 anos)
Céu: De onde sai o dia (Duván Arnulfo Arango, 8 anos)
Colômbia: É uma partida de futebol (Diego Giraldo, 8 anos)
Dinheiro: Coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos (Ana María Noreña, 12 anos)
Deus: É o amor com cabelo grande e poderes (Ana Milena Hurtado, 5 anos)
Escuridão: É como o frescor da noite (Ana Cristina Henao, 8 anos)
Guerra: Gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz (Juan Carlos Mejía, 11 anos)
Inveja: Atirar pedras nos amigos (Alejandro Tobón, 7 anos)
Igreja: Onde a pessoa vai perdoar Deus (Natalia Bueno, 7 anos)
Lua: É o que nos dá a noite (Leidy Johanna García, 8 anos)
Mãe: Mãe entende e depois vai dormir (Juan Alzate, 6 anos)
Paz: Quando a pessoa se perdoa (Juan Camilo Hurtado, 8 anos)
Sexo: É uma pessoa que se beija em cima da outra (Luisa Pates, 8 anos)
SolidãoTristeza que dá na pessoa às vezes (Iván Darío López, 10 anos)
TempoCoisa que passa para lembrar (Jorge Armando, 8 anos)
UniversoCasa das estrelas (Carlos Gómez, 12 anos)
ViolênciaParte ruim da paz (Sara Martínez, 7 anos)
Fonte: livro Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças, de Javier Naranjo

Em busca!

Tornei-me incapaz de dar início a um simples texto que compartilhe meus novos pensamentos. Limitei-me a mim! Não consigo superar-me. Ou, talvez, não queira. Sentar na calçada e ouvir bocas reclamando de tudo, falando da mesma coisa com palavras diferentes, cansou minha paciência! Não quero ser só mais uma voz que reclama de tudo. Não quero falar do que todo mundo, um dia, já falou. Não quero me limitar à reproduzir; antes, produzir. Todo dia banho meus olhos com uma imensurável quantidade de lixo informativo. E minha mente seca ao sol da inutilidade desse conteúdo.

Por que as pessoas se prendem tanto a discutir assuntos tão pequenos? Por que elas perdem tempo impondo seus pontos de vistas sobre assuntos que não lhe cabem? Por que sempre falamos sobre as mesmas coisas? Já reclamamos da política, da religião, da sociedade. O que nos falta? Não seria esse o momento de buscarmos novas aventuras? Por que continuar circulando pelo pedacinho de terra que construímos? Por que não sair em busca das índias torcendo para perder-se no mar? 

Temo ficar acomodado à crítica pela crítica. Temo ser como a criança que chora pelo leite hoje, amanhã e depois. Essa vida minúscula e sufocante aperta minha garganta! Quero voar, mas não para outra gaiola! Quero voar fora da asa, como disse o Manoel de Barros. E lá vem eu com a mania de reproduzir! É disso que estou falando...

O que sobrou depois dos filósofos? O que sobrou depois dos compositores? O que sobrou depois de ontem?

O que sobrou foi eco. Busco as paredes que fazem o som repetir-se em várias vozes. Busco destruí-las. Ou escalá-las!



Eliab Alves Pereira

Aos religiosos e homoafetivos

Gostaria da ajuda de vocês para tirar algumas dúvidas que tenho sobre o posicionamento da vertente evangélica em relação a homoafetividade!


Me parece que os ativista religiosos têm bastante interesse pela causa homoafetiva. O que me intriga é que esse interesse revela-se em uma incansável luta pela "cura" das pessoas que compõem a classe homossexual. De certa forma, o esforço empreendido pelos religiosos têm sido caracterizados pela tentativa de mudar, de alguma forma, o jeito de ser dos gays.

Até aí eu entendo o que eles querem. Discordo, mas entendo!

O que me dá nó na cabeça é uma simples pergunta: "Por que?"

Vou ilustrar uma simples situação para que possamos compreender melhor o que se passa na minha cabeça quando me deparo com esse comportamento:

"Um homem está andando pela rua com a mais nova invenção da ciência: comprimidos que curam a homoafetividade. Basta 1 comprimido e o homossexual tranforma-se em heterossexual. Um pouco mais a frente esse homem encontra um homossexual. O que ele faz? Tenta, de todas as formas, 'curar' o gay."

Pergunta: "Por que?"

O que leva um ser humano a impor um mudança a outro ser humano simplesmente pelo fato de acreditar que o outro precisa de sua "solução"?

Sendo assim, o que nos impediria de impor uma suposta cura aos ativista religiosos para o seu comportamento?

Como no conto do sábio chinês, que não sabia se era um sábio chinês que sonhou que era uma borboleta, ou se era uma borboleta sonhando que era um sábio chinês; será que o homossexual precisa da "cura gay" apresentada pelos religiosos ou será que é o religioso que precisa de uma cura para se tornar tolerante? 

O sábio chinês talvez tenha vivido toda a sua vida sem uma resposta para seu enigma, mas acredito que ele nunca tentou transformar a borboleta em sábio chinês. Afinal, ao que parece, ele era sábio!

A questão aqui não é impor um posicionamento ou contar histórias, o ponto máximo aqui é a pergunta: "Quem precisa de cura?"



Eliab Alves Pereira

Poupem-me!

Somos um bando de desenformados falando com a boca cheia de razões que não temos. Razões que caem e sujam nossas roupas "limpas" enquanto regurgitamos nosso moralismo mesquinho aos quatro cantos do mundo! 

Sim, é exatamente isso que estou fazendo agora!

Eliab Alves Pereira

Afinal...



Todo belo jardim já passou uma noite na chuva!


Eliab Alves Pereira

Razão de ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?


Paulo Leminski


Diga-me:




Não seria muita prepotência da minha parte falar em nome de um Deus? Como seria, por exemplo, se alguém falasse por você sobre sua pessoa para outros indivíduos?