Por favor, deixem a vagina no Pedestal!

Se você ao ler esse título se assustou, ou até mesmo se escandalizou, não se preocupe, pois seu susto é fruto de um conservadorismo de séculos passados. Não quero dizer que você é antigo ou atrasado, pelo contrário, apesar da nova época vigente, você preservou valores das épocas passadas onde a vagina era um órgão altamente respeitado e valorizado. Na verdade, pronunciar vagina, o nome dado ao aparelho reprodutor feminino, era algo baixo e desrespeitoso. Esse órgão o qual não se podia nem nomear era tão respeitado que alguns maridos mesmo após o casamento não podiam nem vê-la, muito menos tocá-la. Muitas mulheres morriam por infecções vaginais, pois a idéia de ir a um ginecologista expor suas partes intimas era altamente desonrosa e detestável.

A vagina estava no mais alto pedestal, não só da moralidade religiosa como da própria moralidade social. Associada a figura vagina, estava a figura da mulher, que juntamente com seu órgão reprodutor ocupavam um lugar de honra e respeito perante os homens. Estar no pedestal significa estar em um lugar de respeito e honra, em um lugar de admiração, de preservação. Era assim com a vagina, era assim com a mulher.
As épocas mudaram, a vagina desceu lá de cima e ficou bem em baixo, e bota baixo nisso. Saiu do cinturão de castidade e ficou amostra nos outdoors das cidades, na televisão, nas revistas e jornais, nas saias curtas, no biquíni cavado. Ela recebeu novos nomes (não vou citá-los por respeito a vocês), apelidos, adjetivos carinhosos. Saiu do anonimato e foi para boca do povo, dos jovens, dos velhos, dos casados, desquitados e até das crianças.

Juntamente com a decida da vagina do pedestal, a figura feminina também desceu. A mulher foi banalizada, tornou-se objeto de consumo barato de tarados e insaciados sexualmente. A mulher tornou-se vulgar, perdeu sua figura de santa, de pura, tornando-se sinônimo de sexo, prazer e consumo. Infelizmente, isso se reflete até nos casamentos, onde muitas vezes o marido só enxerga a parceira como maquina de prazer sexual, esquece do carinho, do cuidado, da amizade, das conversas, do romance, importando-se somente com o objeto mais cobiçado do mundo: a vagina.

O que ouvimos e vimos nos funks, nas danças, nas revistas, filmes, palavrões, piadas, é fruto dessa banalização e desvalorização da mulher e de seu aparelho reprodutor. Essa sociedade precisa aprender que para avançar no tempo não é preciso avançar nos princípios e nos valores. Entrar em uma nova época não significa anular os ensinamentos da outra.
Por essa razão, eu peço: Por favor, deixem a Vagina no Pedestal!
Por: Calebe Ribeiro

5 comentários:

  1. vc nao axa que generalizou ae 'A mulher tornou-se vulgar, perdeu sua figura de santa, de pura, tornando-se sinônimo de sexo, prazer e consumo.???

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  2. não penso dessa forma. tipo: de uma certa forma, pode-se pensar q foi generalizada msm. Mas a questão que se trata aew é a questão do modo q as mulheres passaram a ser vistas por grande parte da sociedade.

    Tem um post q explica bem direitinho o q eu quero dizer.
    Da uma olhada lá q vc vai entender:
    http://jovensapiens.blogspot.com/2010/12/espaco-do-autoreu-penso-assimquais.html

    abraço

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  3. Como deixar a vagina no pedestal nos dias atuais?

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  4. Pois é parceiro. muito complicado heim? Por mais que uma parte da sociedade (nós) tente deixá-la ou conservá-la no pedestal outra parte faz questão de deixá-la à amostra.
    Infelizmente vivemos numa sociedade que se aproveita da imoralidade criada em relação a esse órgão e faz questão de deixá-la no mais baixo nível moral. Uma coisa que deveria ser respeitada, agora é rebaixada para tornar-se objeto de publicidade, xingamentos e desejos imorais. E o pior é que junto com o nível moral desce também a valorização da mulher.
    Acredito que a forma mais certa de "deixar a vagina no pedestal" é não dando motivos para que isso seja promovido. Infelizmente existem pessoas que mesmo em nosso meio contribuem de certa forma por essa baixaria, utilizando-se de palavras que promovem essa imoralidade ou dando atenção a programas que utilizam-se disso para ganhar "audiência".
    O melhor remédio é não dar a atenção esperada para as pessoas que utilizam-se da vagina como meio de propagar qualquer tipo de mensagem, propaganda, jargão, etc...

    Abraço
    Fica na paz

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  5. Essa sociedade precisa aprender que para avançar no tempo não é preciso avançar nos princípios e nos valores.
    Esse texto me deu uma certa vontade de enteder o que séria um princípio e entendo neste contexto que esta palavra está estritamente ligada com o termo doutrina e que o seu significado literal, séria, um ensino normativo e terminante, como uma regra de fé e prática, séria um modo de ser, um estilo e vida. E que é um fator altamente influente para o bem ou para o mal.Um bom princípio(doutrina) é uma benção para o crente e para a igreja e não é um fardo para ninguém, mas a falsa corrompe, contamina, ilude e destroi MT. 15.6
    E desta forma, princípios não seria um costume, algo relacionado a uma tradição. Mas porque? Bem, porque um princípio moral que afasta o homem do pecado e o conduz aos bons costumes teria a sua origem no que é divino, enquanto uma mera tradição séria um costume, algo cultural e que teria a sua origem no homem e assim pode ser modificado, e o alcance deste princípio que séria uma conduta de vida cristã tem um alcance geral, enquanto as tradições são meramente local. Porém o que me chama mas atenção é que um princípio é imutável, enquanto as tradições são temporais ou seja podem ser modificadas ao longo do tempo.
    Portanto, por mais que o tempo passe, princípios e valores cristãos não mudam, porém as sociedades e suas intituições se afastam cada vez mais de determinadas condutas, onde se ver a falta de um pensamento ideológico e que algumas questões pontuais não passam de um passa tempo e onde o próprio ator social se perde, sem saber ao certo qual é a sua real relação no meio que o cerca, enfim é como se estiverssemos pedidos em meio ao nada, enquanto tudo está acontecendo a nossa volta.
    Tudo isto tem que ser revisto e se entender que algumas coisas não devem e não podem mudar, pelo simples fato de ser divino, imutável e geral.

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